Fabricantes de impressoras enfrentam problemas legais na frança

A associação ambiental Halte à l'Obsolescence Programmée (Stop Planned Obsolescence) anunciou esta semana que quatro grandes fabricantes de impressoras estão enfrentando processos na França por limitar deliberadamente a vida útil de seus equipamentos.

A associação apresentou a queixa no Tribunal da República de Nanterre, em conformidade com a nova legislação introduzida pelo governo francês em 2015, a fim de garantir que o equipamento doméstico seja mais durável. Este é o primeiro caso a ser apresentado como resultado desta nova lei.

Epson, Canon, HP e Brother teriam deliberadamente limitado a vida útil de suas impressoras

Como resultado da nova lei, executivos de quatro fabricantes de impressoras enfrentam uma pena máxima de dois anos de prisão e multas de até 300.000 euros, se considerados culpados. Além disso, as empresas podem ser multadas pagando 5% do salário médio anual que receberam nos últimos três anos.

Segundo a associação ambiental francesa, tanto a HP quanto a Canon, Epson e Brother "infringiram a lei, incentivando os consumidores a comprar novas impressoras em vez de prolongar a vida de suas impressoras antigas".

“A associação foi alertada por inúmeras pessoas escandalizadas pela curta vida de suas impressoras e cartuchos. Temos motivos para acreditar que este é um problema real ", disse Laetitia Vasseur, fundadora da associação.

De acordo com o mesmo processo, a Epson é uma das empresas que fez o pior a esse respeito, uma vez que os cartuchos de suas impressoras foram programados para parar de funcionar quando ainda há 20% de tinta no interior, além dos preços dos produtos. Os tanques de tinta geralmente são iguais ou até maiores que os de uma nova impressora.

Por outro lado, a Stop Planned Obsolescence também denunciou o aumento contínuo no preço dos cartuchos, que geralmente custam até o dobro do perfume Chanel No 5.

Até o momento, a Epson, a Brother e a HP não disseram nada sobre o novo processo, enquanto a Canon afirmou que cooperaria com as autoridades para ajudar "o crescimento econômico sustentável do setor".

Resta saber qual é a decisão da promotoria e qual será a ação.

Fonte: O Reciclador